quarta-feira, 30 de julho de 2008

Extra! Extra! Raposa quase morre ao aproximar-se demais de um certo caçador

Entendo, meus caros leitores possívelmente estranharam o título acima, porém explico o motivo do falso alarde. Fui capturada. E quase fizeram casaco de raposa, se querem saber. Fui pega da forma mais estúpida que pode-se imaginar: entrei em uma armadilha consciente de era uma armadilha, veja só o tamanho do absurdo! Mas era tão envolvente, tão sedutora . . . Porém, por mais que seja o caçador, quando vê sua cobiçada presa prestes a ser capturada, já dentro da arapuca praticamente, este se precipita. Principalmente quando é surpreendido por uma raposa! Quando uma raposa deixa-se cair em qualquer armadilha, esta só quer diversão. Existe uma relação muito cordata entre raposas e caçadores. Raposas são animais dificílimos de serem capturados, e por tal motivo os caçadores concordam que esse tipo de presa, por sua superioridade, deve ser tratado com certo respeito. Por nossa vez, as raposas, reconhecemos que os caçadores, na grande maioria das vezes são pouco inteligentes, portanto aquele que captura uma raposa também é digno de nosso respeito. Porém tal respeito não deve nunca ser confundida com amizade, nunca. Pode ser perigoso, para ambos. E nessa, caros amigos, é que quase perco minha preciosa pele. Eu e tal caçador nos vimos certa noite. Nossos olhares se cruzaram, sinal de que uma caçada havia começado. Fingí-me dócil, ele fingiu-se sensível. Identificamos então imediatamente a situação em encontráva-mos: caça e caçador. Porém, estranhamente não mostrou-se claro no início quem era a caça e quem era o caçador, pois muitos de vocês podem não saber, mas nós, Raposas somos predadoras também, mas não só de pequenos roedores, aves e seus ovos não, predamos caçadores também, por sua já falada deficiência intelecto-cognitiva. É como se fosse uma espécie de treino para nossas habilidades, além de ser extremamente divertido! Mas esse caçador era diferente, e como boa predadora, resolvi dar uma oportunidade de provar seu valor. E tal caçador prontamente respodeu, e à altura. Acabei por dar certo crédito à tal caçador. Mais do que este merecia, afirmo com toda ceteza, afinal é um caçador e como tal não merecia nem o crédito dado, muito menos a confiança que eu pseudo-concedi à ele. Assim que reconheci, o erro já era quase fatal. Faltaram pouqíssimas palavras melosas e declarações ao pé do ouvido para que eu perdesse minha preciosa e macia pele. Sorte minha ter um quê de súcubo e perceber suas más intenções e caráter quase duvidoso. Mas no fim das contas, foram quatro divertidos meses, nos quais ri muito, bebi bons drinks (Absinto!), dançei à vontade, e o melhor, tive uma nova experiência: nunca havia estado "presa" e tão livre ao mesmo tempo! Deliciosa sensação! E agradeço ao 'meu' caçador por tê-la vivido. Mas agora está aberta à tempora de caça à Raposa que vos escreve mais uma vez, a aviso aos navegantes, ou melhor, aos caçadores: Foxy Lady está de volta à floresta ligeiramente mais perigosa, e muito mais interessante!


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