quarta-feira, 28 de maio de 2008

Uma Vodka com Limão e Conta . . .


É incrível, absolutamente incrível o que umas doses de vodka podem fazer por alguém. É, confesso com minha boca, tomei vodka com limão, tomei, e daí!? O que posso eu fazer se em determinados momentos aquilo desce como água? E o que é que tem de mais se é bebida de mulherzinha? Eu sou mulherzinha ou não?
Não me lembro quantas tomei, mas foi quantidade suficiente para eu me dar conta de que:


· Bidu tem toda razão, existem vans para Alcântara em toda a parte.
· As vans para Alcântara são na verdade um disfarce para o plano maquiavélico da empresa que detêm a marca ‘Guaravita’ com o objetivo de não somente conquistar mas também dominar o Mundo por intermédio de meios como mensagens subliminares, tortura física e psicológica, etc, etc, etc.
· Os bumerangues (sim, os bumerangues, aqueles brinquedinhos australianos) são coletores alienígenas de material genético. Cheguei a essa conclusão depois de ler no jornal da pessoa que sentava ao meu lado em uma van para Alcântara (!) que os bumerangues vão e voltam no espaço (eles não obedecem à Lei da Inércia). Portanto é óbvio que são tecnologia alienígena! Eles captam a o material genético nucléico e a energia elétrica de nossos impulsos neurais. Então armazenam as informações genéticas e transformam a energia elétrica em energia cinética, o que os permite lançar-se ao espaço e ainda fazer com que você pense que foi você quem o jogou. Esse material genético vai para um banco de dados na nave-mãe que se esconde no lado negro da lua. Provavelmente farão clones híbridos, miscigenando nosso DNA e o deles, e tentarão dominar o mundo dessa forma caso as vans para Alcântara falhem.
· O número de pessoas que me conhecem é muito maior do que o número de pessoas que eu conheço o que pode significar uma dessas três coisas:
o Que eu fiquei famosa S.D.S.* como.
o Que tenho andado sozinha em lugares que vendem bebidas alcoólicas (sim, porque aí eu bebo sozinha e chego em um estágio de semi-consciência que me impede lembrar de certos fatos).
o Que eu de fato sou a cara da Angelina Jolie.
· Sempre que fico sozinha por mais de 10 horas acabo ouvindo ou Roupa Nova ou Leoni ou Zizi Possi, o que quer dizer que: ou arrumo uma babá ou corro sério risco de ficar brega igual à minha mãe, e pior, beeeem antes dos 40.
· Que essa é a primeira vez que não entro pras estatísticas em uma epidemia que assola o país (ainda não peguei dengue).
· Que ainda não quebrei nenhum osso esse ano, ou seja: estou virando uma mocinha.
· Que nada melhor que Campo de São Bento à noitinha pra curar baixa-estima alta (bêbados adoráveis e de considerabilíssimo bom-senso aqueles, não? Veja você que estava deprimida dia desses semana passada e ao caminhar por ali por volta de 18:30 fui quase ovacionado por eles, que ressaltavam insistentemente meus dotes físicos por meios de gentis, sutis e carinhosos adjetivos que nem vem ao caso exemplificar).


Me perdi entre vodkas e devaneios, mas basicamente, that’s all folks!

terça-feira, 20 de maio de 2008

It Started Like that . . .



Ela: Dezoito anos, olhos mel-esverdeados, cabelos negros e lisos, que a cobriam os seios, fazendo seus sutis e arredondados contornos. Pele alva, estatura mediana alta, corpo, hummm . . . Acho seu corpo um corpo bem brasileiro, seios pequenos, cintura fina, ancas largas . . . Tinha lindas mãos, mãos de pianista muitos diziam. Ela era simpática, educada, possuía certo nível de cultura erudita. Era inteligente, amava números, velocidade, filosofia, antigos mistérios, poesia, motos velozes, motores V8, carros potentes, línguas estrangeiras, carne crua, humor ácido, escrever, escrever, escrever, música, cigarros, artes marciais . . . Amava a boemia, nossa, e como amava. Era noiva há dois anos e poucos meses. Namorava há quatro, seu primeiro namorado. Bom, do seu noivo . . . do seu noivo ela gostava. Um pouco, mais gostava. Ele é que não gostava muito das coisas que ela gostava muito. Principalmente da boemia. E ela gostava muito da boemia.


Ele: Vinte e cinco anos, olhos verdes (os mais lindos que ela já vira), cabelos raspados rentes ao couro. Barba. Nossa, e que barba. Barba ruiva, cavanhaque para ser mais precisa. Alto. Ombros largos. Jeito de homem. Feições sérias, andava com o cenho cerrado. Jeito de homem forte, muito forte. Ele era simpático, educado, possuía certo nível de cultura erudita. Era inteligente, amava números, velocidade, filosofia, motos velozes, motores V8, carros potentes, línguas estrangeiras, carne mal-passada, humor ácido, música, artes marciais . . . Amava a boemia, nossa, e como amava. Namorava há cinco anos e poucos meses sua primeira namorada.


Qualquer semelhança, não é mera coincidência.


Ju acordara nervosa. Na verdade, nem dormiu na noite anterior. Ok, ela tinha insônia há quatro anos. Mas estava extremamente tensa. Tão tensa que chegou do trabalho, os pais não estavam em casa, então ela pegou a moto, foi à loja de conveniências que fica na esquina de sua casa (de moto) e comprou nada menos que 12 garrafas de vodka com limão e dois maços de Red Lucky Strikes. Ju achava que vodka com limão era bebida de mulher, e não gostava de se embebedar com aquilo (embora fosse uma mulher), pois acreditava que ficar bêbada tomando algo que possui 5,5% de teor alcoólico por 350 ml era o último degrau de dignidade do ser - humano. Mas ela ainda assim tomou. As doze garrafas. E fumou os dois maços. Lá pela décima garrafa, por volta de 2:45 da manhã ela ouviu seu alter ego dizer :'Não acredito que tudo isso por é causa do primeiro dia de aula na faculdade . . . Você consegue me surpreender com uma freqüência que deveras me assusta. ' Seu alter ego era sempre muito duro com ela. Então, bom, já que só faltavam duas, ela as terminou e foi dormir finalmente.


Acordou, deu sua corrida, fez suas abdominais, fumou aquele cigarrinho, tomou seu banho e dentro de poucos minutos ouvia a buzina do carro do noivo. Ambos trabalhavam muito próximos, no Centro da cidade. Seu cérebro ainda se espreguiçava enquanto ouvia seu noivo falar a respeito do apartamento que veriam no final de semana e as possíveis obras a serem feitas nele e pensava no quê ele poderia comer todo dia pela manhã que o deixava com aquele gosto de milho verde na boca. Ele era alérgico a milho! Algumas vezes lembrava curau, mas normalmente era milho verde. Enquanto ele ainda falava, ela pensou: ' que roupa estou usando?' e percebeu que havia colocado seu terno preto com a blusa branca que ela mais gostava, que tinha um quê de Jack Sparow. Estava até maquiada. Ela ficava impressionada com o que era capaz de fazer pela manhã ainda sonolenta.


O dia se seguiu tranqüilo, nada de muito especial. Ao final do expediente, seguiu para buscar seu noivo no trabalho. Depois do beijo de sempre com gosto de milho verde, ele a deixou na faculdade e seguiu para casa. Ela realmente estava incrivelmente calma. Seus futuros novos colegas de sala foram chegando, ela cumprimentava a todos como se já freqüentasse o lugar há anos. Até que Ele entrou. A voz dela sumiu em meio aquela barba. Seus olhos se perderam naquele incrível tom de verde. Aquele era o homem mais lindo que Ju já havia visto. Simplesmente lindo. E de barba. Barba ruiva e cerrada. Foi impossível não imaginar aquela barba a arranhar-lhe o rosto. Ele entrou na sala com passos firmes e cenho franzido. Simplesmente indescritível o que Ela sentiu. Aquele era o protótipo do homem ideal, feito sob a medida dos desejos dela, e mais, de suas necessidades. Foi impossível olhar pra outra coisa, pra outro lugar. Aula? Hum, ela nem sabia de que o professor estava dando aula, se é que ele estava dando aula alguma.


Ela foi embora com aquela imagem na cabeça . . . Podia vê-lo diante de si, tocá-lo. Ela até podia sentir seu cheiro . . . Ela podia sentí-lo a tocar sua pele . . .


No dia seguinte, tudo correra exatamente como no anterior, exceto pelo fato de que às 4:00 da manhã Ju estava totalmente desperta, preparando-se desde já para o que lhe esperava. Na faculdade, enquanto decorava a geografia do rosto simétrico d'Ele ela imaginava como ele provavelmente ficaria lindo ao sorrir, e passou a aula a clamar ao Alto que seus olhares pudessem ao menos se cruzar. E incrivelmente os céus ouviram os seus pedidos! Certamente não foi por sua extrema religiosidade altamente ortodoxa (se tinha algo que Ju definitivamente não era, era ortodoxa). Mas por algum motivo que sua razão desconhecia, haviam atendido ao seu clamor. Na mudança de sala, eles se esbarraram na subida da escada, ele olhou-a nos olhos profundamente, sorriu. Ela sorriu envergonhada e pediu-lhe desculpas. Ficou o resto da noite anestesiada por causa daquele simples e sorriso. A aula acabou, ela desceu como um foguete e conseguiu pegar ainda o 770 parado no ponto. Ao entrar no ônibus, quem havia pego a mesma condução: Ele. Ele mais um colega da mesma classe haviam pego o mesmo ônibus que Ju. Ju tentou organizar seus pensamentos mas não conseguia por nada. Um corredor os separava apenas. Confusa em seus devaneios, não percebeu que Rafael, o colega de classe havia colocado um assunto na roda, e que ela fazia parte de tal roda. Papo vai, papo vem, Ju deu-se conta de que Rafael havia retirado-se há muito, e que estavam somente os dois, Ela e Ele conversando, e mais, o lugar ao lado d'Ele vagara. Tomada por um rompante de coragem, levantou-se e se sentou ao lado d'Ele. Sentiu sua face corar. Nem mais o corredor os separava agora. Estavam olhos nos olhos em uma animada conversa sobre motores v8, Opalas e Mavericks, quando de repente ela se perdeu. Estavam tão próximos que Ela podia sentir seu hálito morno, e ver bem de perto o quão linda e deliciosa era sua boca. Ela se perdera em seus olhos verdes, em sua voz . . . Enfim, se perdera. Quando se deu conta que não ouvia mais uma palavra do que ele dizia tratou de voltar a prestar atenção e rezar para que ele não tivesse percebido sua enorme gafe (apesar de bem no fundo ter certeza que ele percebera sua cara de tarada ao olhar para aquela boca). Quando se deram conta, ele já estava a um ponto de descer do ônibus. Ele então olhou-a de novo nos olhos, Ela estremeceu. Despediram-se com dois beijinhos e Ele foi embora. Ela pensou 'Nossa, aquela boca esteve tão próxima da minha!', seu sangue gelou em suas artérias.


Chegou em casa ainda entorpecida. Tomou seu banho e deitou-se como que se sentisse a pele d'Ele a tocar a sua ainda, aquela barba a arranhar-lhe de leve a face. Os dias seguintes seriam bem diferentes . . . To be Continued . . .





segunda-feira, 12 de maio de 2008

Um Daykiri e a Conta . . .


Uma folha vazia. Uma página em branco. Nada nunca me apavorou mais. Durante anos eu as temia. Hoje ando assim, abusada desse jeito. Chego a desconfiar que Bidu tem toda razão (e olha que não concordo nem com meu alter ego ultimamente . . .), essa é mesmo uma atividade egocêntrica. Talvez por isso combine tanto comigo. Não em qualquer teor essencial, mas no “comigo” com o qual brinco sometimes. Nova demais. Infantil demais. Imatura demais. Irresponsável demais. Precoce demais. Encalhada demais. Azarada demais. Fuma demais. Chora demais. Lê demais. Passa tempo demais sozinha. Irônica demais. Debochada demais. Sarcástica demais. Que tal, somente para variar: Linda demais, gostosa demais, inteligente demais, sexy demais, talentosa demais, esperta demais, rápida demais, engraçada demais, simpática demais, gentil demais, doce demais blábláblá demais . . . Portanto, aqui adquiro um quê de egocêntrica sim . . . Me faço do jeito que gosto. Me gosto do jeito que faço. E faço bem feito. Tão bem feito que amores antigos se perdem nesse salão de espelhos e ficam inebriados com as ilusões criadas por mim, para amenizar minha própria dor. Esse alter ego anda me dando um trabalho . . . Me sinto tão confortável aqui, nessa pela de raposa, que às vezes ando na rua cheia de mim, ou dela (me perco entre nós duas) e noto até alguns olhares a nos seguir . . . Sendo assim, um Daykiri e a conta . . .

Amor, Martinis e Efemeridades (Dois Martinis e a Conta . . .)

Por muitas e muitas noites a fio, roguei por ser uma mulher. Mulher de verdade, não apenas uma menina que veste roupas ousadas e no ápice da vulgaridade, por conta de alguns olhares desavisados, sente-se como tal. Queria ser uma MULHER. Como que uma gueixa, que leva homens ao chão com um único olhar apenas. Queria ser uma mulher a qual os homens desejassem. Mas não apenas por tesão. Por precisar possuir tal mulher pra ter sossego. Por tê-la passado a amar simplesmente por seus olhares terem se cruzado. Clamei por ser uma mulher dessas. Mulher para ter os homens a me olhar com seus olhos amargos, de tanto desejo. Queria ser reconhecida pelos homens como tal mulher. Não só por isso, mas por isso também. Quando mais nova, tinha muitos amigos do sexo oposto. Por algum estranho motivo atraía-os (talvez uma disfunção qualquer que me fizesse liberar ferormôneo demais). Desses muitos, poucos davam-se conta de que eu era uma menina. Uma menina cheia de desejos. Desejos de mulher. Cresci. Tornei-me uma mulher. Uma mulher com ares de menina. Com um quê de Lolita. Dizem até que isso é o que torna uma mulher mais sexy. Até noto olhares em minha direção. Alguns mais descarados me olham nos olhos e em outras partes. Agora que sou mulher tudo torna-se muito mais complicado. Meço gestos e palavras, quando na verdade queria gritar, rosnar, morder. E o mais engraçado é que me parece que há quatro ou cinco anos atrás, eu era muito menos comedida em meus atos e olhares e pensamentos. Pensamentos. . . Esses sim me assustam . . . Pois somente eu os conheço, anyone else knows about it . . . Quando era pequena, quando era menina, entregava-me fácil demais, é fato (até me apaixonei por certo muleque, o qual hoje diz que eu voltei como um furacão, ora meça!), mas amava muito menos. Portanto sofria muito menos. E ainda não havia o sexo. Esse sim, é um complicador. Um PUTA complicador, diga-se de passagem. Mas prefiro não entrar no mérito dessa questão. Voltando a falar de amor. O amor é maravilhoso, sublime, sutil, embragantemente delicioso, arrebatador, mas tem o dom de perturbar apenas. Queria ser uma mulher, agora que sou, rogo por voltar a ser menina. As coisas me eram muito mais simples. E com relação aos meus impulsos sexuais, daí era só arrumar um pedófilo gentil e respeitador com a diferença de no máximos uns dez, doze anos e voilá: meus problemas se reduziriam pela metade! Ou talvez deixassem até de existir. . . Mas nada é assim tão simples.
Por que raios as coisas não acontecem quando têm de acontecer? Tente acompanhar-me o raciocínio: há anos atrás (quatro ou cinco talvez.) eu era perdidamente apaixonada por ele. Muito provavelmente viraria amor. Ele trocou-me pela boemia, a qual ainda não pertencia naquela época, e da qual hoje não consigo livrar-me. Pra ser sincera, faz tanto tempo que não sei o real motivo pelo qual não duramos mais que um mês, apenas suponho que tenha sido pela minha pouca idade para apreciar prazeres os quais hoje mal sobrevivo sem. Porém acredito que talvez se tivéssemos tido um pouco mais de paciência para que eu crescesse e aparecesse, hoje provavelmente o amaria perdidamente, pois foi minha primeira paixão platônica não alimentada, e estaríamos muito bem, obrigada. Mas não, lógico que não. Isso não aconteceu. Por qualquer motivo terminamos antes mesmo de termos começado (aquela história da ‘Stella’ . . .) e agora ele vem de desaforos pra cima de mim! Mereço? (Eu com essa mania de brincar com assuntos sérios . . .)
Bom amigo, bom homem. (Mais amigo que homem). Peço-lhe que exima-te de culpa, ou que pelo menos divida-a comigo. Se fostes um muleque, estavas na idade de sê-lo, e eu também estava longe de ser tal furacão. E se acaso te encorajo a tal atividade tão egocêntrica, é porque me sinto mais próxima de ti dessa forma, me sinto como dessa forma falássemos em uma língua que somente nós dois entendêssemos.
By the way, encontro-me curiosíssima e inclino-me na cadeira para assistir à catarse com detalhes. . . E sim, amar de fato é uma bobagem irresistível, mas que graça teria a vida se amar não fosse apenas uma bobagem sedutora. . . Divrita-se mais, sofra menos. Peço-te isso. Em nome dos velhos tempos. . . Sendo assim, Dois Martinis e Conta. . .

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Um chopp sem colarinho Pardal!...

Sabe o que mais me irrita, a única pessoa que consegue me tirar da razão? Eu! Nossa, é incrível como eu consigo ser estúpida e ingênuamente romântica, a ponto de esmurrar ponta de faca, mas não chegar ao 'absurdo' de uma D.R. Tudo, bem, acho que sou meio híbrida sexualmente falando nesse quesito. Meu reino pra não ter uma D.R. Agora, convenhamos: o cara some dois dias (sim, some, porque como a iniciativa de ligar pra saber se ainda batia aquele coração foi minha, caso eu não tivesse ligado ele também não se incomodaria em não procurar, logo, ele sumiu), não se preocupa em saber se eu estou bem, se fui atropelada ou quem sabe se achei uma bala de 357 (sim, porque tratando-se de um tiro de magnun 357 não xiste possibilidade de bala perdida, ela tá mais que achada!) na coxa esquerda e tive a perna amputada, ou se por acaso fui pedida em casamento pelo Hugh Jackman. Ele simplesmente sumiu. E eu, como estva irritadíssima, fiz o quê? Liguei pra ele pra dizer que estava morrendo de saudades. PUTA QUE ME PARIU! Por isso que sempre ouvi que todo castigo pra corno é pouco! Eu confesso, mereci uma galhada daquelas de fazer inveja ao Rudolf e seus companheiros de trabalhos. Em que mundo estamos? Foxy, ligando pro namorado, perdão, ao sabe-se lá o que meu (sim, pois expliquei anteriormente em 'Uma Stella e a Conta', nunca fui pedida em namoro, não haveria de sr agora diferente . . .) pra saber se está tudo bem, se ele aproveitou bastante o dia longe dela . . . E onde fica o título de 'cute little heartbreaker'? Parece que estão me pagando na mesma moeda, com juros e correção monetária rsrs. Ironia do destino. Eu o amo como não achei que um dia mereceria. E nos conhecemos a tão pouco tempo que me assusta isso. Não sei o que é se sentir frágil e vulnerável. Ou melhor, não sabia, agora eu sei. E nunca achei que doesse tanto. Sendo assim . . . Um chopp sem colarinho Pardal . . . E a conta !

Uma Heineken e a Conta . . .


Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta. O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar. Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera. Eu amo aquele petulante. Escrevei dúzias de cartas (ou emails, whatever!) que ele não respondeu. Eu gosto de rock e ele de mpb (tá, não é bem assim . . .), Eu gosto de praia e ele tem alergia a sol, eu amo cerveja, ele toma Soda, nem no ódio nós combinamos (não é bem assim, mas ultimamente ando com uma sutil queda pelo drama . . . ). Então? Então, que ele tem um jeito de sorrir que me deixa imobilizada, o beijo dele é mais viciante do que LSD. Isso tem nome. Eu amo aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga e ainda assim você não consegue despachá-lo (não que eu já tenha tentado, na verdade acho que não cogitarei essa hipótese pelos próximos 47 anos e 9 meses – disse que andava dramática.). Quando a mão dele toca na minha nuca, derreto-me feito manteiga. Por que você ama este cara? Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman.


Ah, o amor, essa raposa (uhhh, Foxy Lady!). Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.

Não funciona assim.

E tem mais, eu o amo, c’est la vie.


. . . Bom, só me resta mesmo uma Heineken e a Conta . . .

Penso . . . Logo desisto!


Dizem que todos os dias você deve comer uma maçã por causa do ferro.E uma banana pelo potássio.E também uma laranja pela vitamina C. Uma xícara de chá verde sem açúcar para prevenir a diabetes.Todos os dias deve-se tomar ao menos dois litros de água. E uriná-los, o que consome o dobro do tempo.Todos os dias deve-se tomar um Yakult pelos lactobacilos (que ninguém sabe bem o que é, mas que aos bilhões, ajudam a digestão). Cada dia uma Aspirina, previne infarto. Uma taça de vinho tinto também. Uma de vinho branco estabiliza o sistema nervoso. Um copo de cerveja, para... não lembro bem para o que, mas faz bem. O benefício adicional é que se você tomar tudo isso ao mesmo tempo e tiver um derrame, nem vai perceber.Todos os dias deve-se comer fibra. Muita, muitíssima fibra. Fibra suficiente para fazer um pulôver.Você deve fazer entre quatro e seis refeições leves diariamente. E nunca se esqueça de mastigar pelo menos cem vezes cada garfada. Só para comer, serão cerca de cinco horas do dia...E não esqueça de escovar os dentes depois de comer. Ou seja, você tem que escovar os dentes depois da maçã, da banana, da laranja, das seis refeições e enquanto tiver dentes, passar fio dental, massagear a gengiva, escovar a língua e bochechar com Plax. Melhor, inclusive, ampliar o banheiro e aproveitar para colocar um equipamento de som, porque entre a água, a fibra e os dentes, você vai passar ali várias horas por dia.Há que se dormir oito horas por noite e trabalhar outras oito por dia, mais as cinco comendo são vinte e uma.Sobram três, desde que você não pegue trânsito. As estatísticas comprovam que assistimos três horas de TV por dia. Menos você, porque todos os dias você vai caminhar ao menos meia hora (por experiência própria, após quinze minutos dê meia volta e comece a voltar, ou a meia hora vira uma).E você deve cuidar das amizades, porque são como uma planta: devem ser regadas diariamente, o que me faz pensar em quem vai cuidar delas quando eu estiver viajando.Deve-se estar bem informado também, lendo dois ou três jornais por dia para comparar as informações.Ah! E o sexo! Todos os dias, tomando o cuidado de não se cair na rotina. Há que ser criativo, inovador para renovar a sedução. Isso leva tempo - e nem estou falando de sexo tântrico.Também precisa sobrar tempo para varrer, passar, lavar roupa, pratos e espero que você não tenha um bichinho de estimação. Na minha conta são 29 horas por dia.A única solução que me ocorre é fazer várias dessas coisas ao mesmo tempo! Por exemplo, tomar banho frio com a boca aberta, assim você toma água e escova os dentes.

Tu e Eu - Fernanda Young




Somos diferentes, tu e eu.
Tens forma e graça
e a sabedoria de só saber crescer
até dar pé.
En não sei onde quero chegar
e só sirvo para uma coisa
- que não sei qual é!
És de outra pipa
e eu de um cripto.
Tu, lipa
Eu, calipto.

Gostas de um som tempestade
roque lenha
muito heavy
Prefiro o barroco italiano
e dos alemães
o mais leve.
És vidrada no Lobão
eu sou mais albônico.
Tu,fão.
Eu,fônico.

És suculenta
e selvagem
como uma fruta do trópico
Eu já sequei
e me resignei
como um socialista utópico.
Tu não tens nada de mim
eu não tenho nada teu.
Tu,piniquim.
Eu,ropeu.

Gostas daquelas festas
que começam mal e terminam pior.
Gosto de graves rituais
em que sou pertinente
e, ao mesmo tempo, o prior.
Tu és um corpo e eu um vulto,
és uma miss, eu um místico.
Tu,multo.
Eu,carístico.

És colorida,
um pouco aérea,
e só pensas em ti.
Sou meio cinzento,
algo rasteiro,
e só penso em Pi.
Somos cada um de um pano
uma sã e o outro insano.
Tu,cano.
Eu,clidiano.

Dizes na cara
o que te vem a cabeça
com coragem e ânimo.
Hesito entre duas palavras,
escolho uma terceira
e no fim digo o sinônimo.
Tu não temes o engano
enquanto eu cismo.
Tu,tano.
Eu,femismo.