terça-feira, 10 de maio de 2011

Erosão


Por que tanto de tudo isso

Por que transbordas tudo, tudo assim?


Por que tanta displicência,

Por que tanto desamor?


Tanto desapego, tanto desespero, tanto de mim.

 Por que me resta o canto dos olhos, a boca marcada, o peito cheio.





Por que tantas palavras, tanta platéia?
E me resta o silêncio, o ecoar das palmas, o salão sempre vazio.



O resto, o estrago, o engasgo.


A meia-verdade, a meia-palavra, a frase não dita.