terça-feira, 30 de agosto de 2011

Queridos, segue nesse post um apanhado de meus últimos suspiros (o que tem acontecido com uma frequencia aterradora até para a Sandy. Ok, péssimo referencial.). Espero que gostem, que toquem-lhe... Isso tudo é muito novo pra mim, então é difícil, considerávelmente difícil.






Vinho Tinto, Folha Branca.
quarta, 10 de agosto de 2011 às 14:08



Dia desses hei de encher teu copo






Tinto.






Dia qualquer hei de encher teu corpo






Vinho.






Mas por enquanto o encanto (só) me basta. Poesia.


É que o enquanto me casta as vias. Vida.


O instante me traga o amor.


Brindemo-nos no espaço da distância entre essa vida separada de amores: Meus e Teus.

 
É que nossos sorrisos ainda se encontram.


E naquele minuto em que teu olhar encontrou minha mão e minha mão buscou o lápis e o lápis o papel e nossa vida se fez em branco, nós herdamos e fundimos esses não-nossos amores e nos amamos os dois, ali, naquela folha, naquele minuto, e meus olhos encontraram os teus.


Então percebi que hei de encher teu copo. Hei de encher teu corpo.

Mas por enquanto o encanto me basta. E só.




Poesia Impropria
domingo, 10 de julho de 2011 às 21:12



Então foge.
Ignora minha poesia, cospe no que me plantou.
Do escarro também vem inspiração .



Abre a boca vadia, engole o que um dia amou.

O engasgo também se faz respiração.


Corre a rua vazia, reconhece que errou.

Do amor é que brota a maldição




A Maldicao
sexta, 1 de julho de 2011 às 20:25


Ah Poesia maldita que me emperra coisas e ecos na garganta!

Ah Poesia prostituta, que se vende por qualquer sorriso.

Poesia vadia, que me vende aos viciosos por paixoes vazias.

Poesia vagabunda que se faz a qualquer preco.

 
Poesia infeliz, que nem mais voce me toma pela mao.



Te dou o escarro do rancor de ter me roubado o sopro,

O desprezo do desamor por ter me sequestrado a inocencia,

O podre do ardor de onde me falta agora a alma.

Ah poesia maldita, prostituta, vadia. Vagabunda, infeliz.
Nunca mais teu nome em caixa alta.




Amores Antigos II
sexta, 29 de abril de 2011 às 11:09


Ama.


Tropeça na dor pela estrada, nos acostamentos.


Pisa na vida pelos caminhos.


Sorri sorriso vazios, de felicidade vazia.


Mas depois volta.


Enche teu copo com ilusões fugazes. Goza.


Vai, ama.

Mas depois volta.




Amores Antigos
sexta, 29 de abril de 2011 às 09:08


Vem, me toma o peito.


Me arranca a luz dos olhos, me lança ao espaço.


E some na multidão, me abandona, me lanha a carne.





Vai, some.


 
Eu ainda estarei por aqui


Peito vazio, olhos escuros, esperando teu retorno




Depois Do Mundo
sexta, 29 de abril de 2011


O que vem alem?


Ha de haver.


Ha de haver o alem,


O Alem-Mar, o acima do ar.


O que vem depois?


Ha de haver um depois.


Quando a mente cede, o coracao encanta e o corpo pede


Alem.


O que vem de mais?


Ha de haver um mais.


Quando a razao abandona os sentidos entorpecidos.


Ha de haver.


Ha de haver o alem


Ha de haver o depois


Ha de haver o mais.



Poeminha Curto De Pé Quebrado.
quarta, 30 de março de 2011


Voe pra cá!


Venha meu Poeta-Passarinho!Voe pra cá!


Voe pra mim!


Olhe, olhe só! Em meus braços fiz um ninho...


Entre em meu salão de espelhos


Farte-se com minhas memórias,


Entre e faça ventar aqueles antigos olhos


Apesar da carne,


Apesar da ciências do mundo,


Apesar do peso,


Eu posso amar.


Voe pra cá! Venha meu Poeta-Passarinho!
  
 
 
 
Peso
quarta, 2 de março de 2011 às 07:58


Não quero nada nem ninguém que me complete.


Não é que não seja necessário. Simplesmente não é possível.






Quero alguém para dividir esse tanto de tudo que sou eu.


E eu sou muito.






Quero dar pedaços de mim a quem quiser, mas é necessário suportar muito.


Pois eu sou muito.






Aqueles que aceitarem me conter em si, saibam que vão amar, e amar muito.


E amar tudo.


Pois eu sou tudo.

Saibam que sentirão, verão, ouvirão tudo de inimaginável.


Pois eu contenho tudo.

Saibam que terão a fome do mundo.

Viverão guerra.

Serão doentes, violentos, viciosos, vorazes.

Conterão tudo e não se contentarão com a vida.

A felicidade estará ainda mais distante, pois ela estará dentro.


E terão tanto de tudo dentro de si, que se perderão na insanidade de me conter.

Eu sou fúria. E sou sou tanta...

Inspirarão tempestades, cairão de amores por libélulas delicadas.



Desejarão ser poetas

Piratas

Pintores



Jamais terão paz, um segundo dela que seja.
Pois eu sou muito. Tudo. Sou tanto...


 Preciso de alguém para dividir esse tanto de tudo que sou eu.



E eu sou muito.


 
 




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