segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Não há título para isso.

Quando eu crescer quero ser igual a Pagu e me apaixonar apenas pela idéia de estar apaixonada. Depois eu quero crescer mais e ser igual a Frida. Tomar litros de tequila enquanto jazo inválida em uma cama hospitalar, e de simultâneo recebo meus amigos, meu marido (aquele sapo gordo comunista), minha irmã (com que meu marido me traiu), minha amante (que já foi amante do meu marido e declarou ser eu muito melhor na cama que ele), todos juntos celebrando a mim (da cintura pra cima, claro) em minha primeira exposição de quadros em uma famosa galeria de artes enquanto eu penso que deveria mesmo ter guardado meu filho abortado em vidro de formaldeído e trazido comigo do hospital... pelo menos teria alguma companhia agora...


Sem Esperança - Frida Kahlo - Óleo sobre tela

Um comentário: