Eu estava muito bem, estava indo realmente bem. Descobri uma segunda e mais divertida obsessão, arrumei mais uma paixão impossível e estava feliz concentrando parte das minhas forças em fantasiar possíveis primeiros encontros e noites de sexo inesquecíveis com Taylor (minha nova arrebatadora paixão). Wolverine tornara-se praticamente um vulto em meu cérebro, uma rara aparição assustadora que me assombrava parcamente em noites especialmente estranhas, frias, escuras, ébrias e solitárias. E tais aparições se tornaram cada vez mais raras e esparsas. E eu com isso sentia-me cada vez mais livre. A cada dia sem ele e a sem possibilidade de seu retorno à minha vida (desconheço o motivo que o levou a sair, perdi algum tempo e energia concentrada no objetivo de descobrir tal porquê e de atraí-lo de volta para mim como fiz da primeira vez. Depois de me abater o cansaço fui gradativamente desistindo de descobrir o porquê e somente desejando-o de volta de qualquer que fosse a forma. E o amor me consumia e a porta ficou aberta por algum tempo e ele não veio, nem sequer mandou notícias, e eu finalmente desisti por absoluto.) voltei a me entregar à raposa. E minha vida voltou a ser divertida e eu voltei à minha velha forma, à boemia, e a dor que me apertava as entranhas voltou a me servir. E voltei a sorrir ainda que ferida e as feridas não mais me atrapalharam. E meu senso de humor voltou ao seu pH normal: ácido. E então, depois de muito vadiar (“Não vadeia Clementina....Fui feita pra vadiar, eu vou, eu vadiar, vadiar, eu vou vadiar”) e de driblar a morte duas vezes em uma semana (at least I think...), resolvi de fato voltar, certa de que estava curada da dor, embora soubesse o amor ainda estava aqui, porém domesticado. E então ele surge de repente. Implacável. E vem, com certa atitude de quem reivindica posses, com autoridade de de quem se faz dono. Voltou como um violento furacão. Eu então, prontamente decidi confrontá-lo e descobrir o que em mim o causava tanta repulsa, mais provável motivo de seu brusco sumiço. E paradoxalmente ele manteve a postura de ignorar-me solenemente independente da situação ou do lugar. E mais uma vez ele conseguiu com maestria o que nenhum outro carcaju chegou perto de fazer: o simples cogitar a hipótese de sua proximidade fez minar minhas barreiras em segundos, como um castelo de areia à beira-mar. O amor enjaulado revelou-se uma besta ensandecida e voltei a sangrar sem ter ao menos olhado em seus olhos.
Uma raposa meio menina, meio mulher, traça paralelos e embaralha sínteses a respeito de teses já velhas conhecidas dos homens, por nós tão amados, homens. Longe de ter experiência em coisa alguma, mas distante de ser inexperiênte também, Foxy diverte seus leitores com suas teorias egocêntricas a respeito de relacionamentos e seus pesares, e outras cositas más que entre uma noite e outra acabam por acometê-la...
segunda-feira, 1 de março de 2010
O Retorno da Furacão ou Simplesmente Daniel
Eu estava muito bem, estava indo realmente bem. Descobri uma segunda e mais divertida obsessão, arrumei mais uma paixão impossível e estava feliz concentrando parte das minhas forças em fantasiar possíveis primeiros encontros e noites de sexo inesquecíveis com Taylor (minha nova arrebatadora paixão). Wolverine tornara-se praticamente um vulto em meu cérebro, uma rara aparição assustadora que me assombrava parcamente em noites especialmente estranhas, frias, escuras, ébrias e solitárias. E tais aparições se tornaram cada vez mais raras e esparsas. E eu com isso sentia-me cada vez mais livre. A cada dia sem ele e a sem possibilidade de seu retorno à minha vida (desconheço o motivo que o levou a sair, perdi algum tempo e energia concentrada no objetivo de descobrir tal porquê e de atraí-lo de volta para mim como fiz da primeira vez. Depois de me abater o cansaço fui gradativamente desistindo de descobrir o porquê e somente desejando-o de volta de qualquer que fosse a forma. E o amor me consumia e a porta ficou aberta por algum tempo e ele não veio, nem sequer mandou notícias, e eu finalmente desisti por absoluto.) voltei a me entregar à raposa. E minha vida voltou a ser divertida e eu voltei à minha velha forma, à boemia, e a dor que me apertava as entranhas voltou a me servir. E voltei a sorrir ainda que ferida e as feridas não mais me atrapalharam. E meu senso de humor voltou ao seu pH normal: ácido. E então, depois de muito vadiar (“Não vadeia Clementina....Fui feita pra vadiar, eu vou, eu vadiar, vadiar, eu vou vadiar”) e de driblar a morte duas vezes em uma semana (at least I think...), resolvi de fato voltar, certa de que estava curada da dor, embora soubesse o amor ainda estava aqui, porém domesticado. E então ele surge de repente. Implacável. E vem, com certa atitude de quem reivindica posses, com autoridade de de quem se faz dono. Voltou como um violento furacão. Eu então, prontamente decidi confrontá-lo e descobrir o que em mim o causava tanta repulsa, mais provável motivo de seu brusco sumiço. E paradoxalmente ele manteve a postura de ignorar-me solenemente independente da situação ou do lugar. E mais uma vez ele conseguiu com maestria o que nenhum outro carcaju chegou perto de fazer: o simples cogitar a hipótese de sua proximidade fez minar minhas barreiras em segundos, como um castelo de areia à beira-mar. O amor enjaulado revelou-se uma besta ensandecida e voltei a sangrar sem ter ao menos olhado em seus olhos.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário