terça-feira, 29 de julho de 2008

Preciso de Uma Cerveja, e com Certa Urgência . . .

Sabe, essa vida de raposa anda me cansando . . . Hora se apaixonam perdidamente por mim, e eu como boa romântica (ahan), retribuo; hora se desapaixonam me chamando de pseudo-superior e diagnosticando minha necessidade de (pseudo)auto-afirmação assim, como se fosse vizinho de frente de Freud. E como não fosse o bastante, quando já começo a sentir gosto por toda essa liberdade à qual fui fria e repentinamente condenada, abre-se a temporada de caça à raposa, e eu aqui, tendo que camuflar-me entre a multidão da Lapa. É claro que existem caçadores mais experientes que minha vã filosofia supõe, e quando menos espero, cá estou eu, praticamente frente à uma nova armadilha. Santo mimetismo! E mais uma noite em meio à boemia, sem ser pega! Mas eu gosto de ser caçada . . . Torna a vida aqui fora mais divertida, e até que tem alguns caçadores por aí que são dignos de falsos vacilos da minha parte, afinal, que mal há em se deixar ser pega sometimes . . . Ás vezes sinto-me como um súcubo. E sempre que escapo de alguma armadilha (como o que aconteceu com meu estimado HellAngel), tenho a sensação de que não posso me envolver além de um certo limite, (por motivos de segurança, afinal, tenho uma pele à zelar!) e sempre sinto que esses tais 'relacionamentos duradouros' não foram feitos pra mim. Até posso bancar de menininha comportada, boa moça e mulher prendada por algum (pouqíssimo) tempo, mas dentro de um espaço muito curto meus instintos tornam-se impossíveis de disfarçar, e com um único olhar de uma presa interessante, pronto: assumo minha pele de raposa e volto a atacar sem dó nem piedade, como se sentisse cheiro de sangue à léguas de distancia e ao olhar pra cor vermelha fosse possuída por meu mais primitivo instinto.

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