segunda-feira, 12 de maio de 2008

Um Daykiri e a Conta . . .


Uma folha vazia. Uma página em branco. Nada nunca me apavorou mais. Durante anos eu as temia. Hoje ando assim, abusada desse jeito. Chego a desconfiar que Bidu tem toda razão (e olha que não concordo nem com meu alter ego ultimamente . . .), essa é mesmo uma atividade egocêntrica. Talvez por isso combine tanto comigo. Não em qualquer teor essencial, mas no “comigo” com o qual brinco sometimes. Nova demais. Infantil demais. Imatura demais. Irresponsável demais. Precoce demais. Encalhada demais. Azarada demais. Fuma demais. Chora demais. Lê demais. Passa tempo demais sozinha. Irônica demais. Debochada demais. Sarcástica demais. Que tal, somente para variar: Linda demais, gostosa demais, inteligente demais, sexy demais, talentosa demais, esperta demais, rápida demais, engraçada demais, simpática demais, gentil demais, doce demais blábláblá demais . . . Portanto, aqui adquiro um quê de egocêntrica sim . . . Me faço do jeito que gosto. Me gosto do jeito que faço. E faço bem feito. Tão bem feito que amores antigos se perdem nesse salão de espelhos e ficam inebriados com as ilusões criadas por mim, para amenizar minha própria dor. Esse alter ego anda me dando um trabalho . . . Me sinto tão confortável aqui, nessa pela de raposa, que às vezes ando na rua cheia de mim, ou dela (me perco entre nós duas) e noto até alguns olhares a nos seguir . . . Sendo assim, um Daykiri e a conta . . .

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