Podes até desfazer-se de mim alegando que como um Demócrito, eu observe e ridicularize os acontecimentos da vida humana. Porém , assim como ele, pela excelência do gênio e de talentos, estou acima da maioria dos homens, embora às vezes peque pelo velho hábito de ser a todos amável e grata. A despeito da última frase (que é fato irrefutável), permito-me andar deveras odiosa ultimamente (por 'ultimamente' leia-se de hoje, dia 19 de janeiro de 2010 até março aproximadamente, pulando o carnaval e a quarta-feira de cinzas. Escrevo utilizando o futuro como tempo verbal pois quando este texto for publicado, eu já estarei por completo odiosa da vida e das pessoas, portanto uso 'ultimamente'). Até ouço o dileto leitor indagar-me o motivo desse tanto de descontentamento e de pronto respondo-lhe: hormônios, sociedade, dogmas culturais, enfim, aquele calo que de tempos em tempos nos atrapalha o caminhar. Sim, pois se não fossem os hormônios nós não passaríamos por aquele clássico período mensal de abolição de critérios, expansão social e imensa absoluta e irrestrita necessidade sexual chamado de CIO. Se não fosse a sociedade, não viveríamos a pressão de estar 24 horas impecável, com os cabelos da Rachel Weiz, unhas invariavelmente cutiladas (como se essas pragas não crescessem em uma velocidade exponencial), corpo milimetricamente esculpido por horas a fio de power ioga, power pilates, power spinnig ou qualquer outro tipo de tortura medieval rebatizada com um nome em inglês que seja praticado ao som daquela igualmente torturante e estridente música eletrônica, de acordo com o padrão europeu não recomendado/aceito pela OMS (FODA-SE se você é brasileira e sua herança genética te deu de presente quadris largos e bunda enorme, ou se você mede 1,80 m e acha que ter 2,1 de IMC é um pouco de exagero da indústria da moda, você é uma mulher cosmopolita e não uma aborígine com obesidade mórbida.), ter o emprego dos sonhos, o marido dos sonhos, filhos dos sonhos, saber fazer um ratattuile de amêndoas e um tartar de salmão divinos em 2 minutos e praticar sexo com o seu marido dos sonhos pelo menos 4 vezes na semana e chegar ao orgasmo todas as vezes. E se não fossem os dogma culturais nós não teríamos que conquistar tudo isso antes dos 30! Isso obviamente sem contar com aventuras, porres, viagens mal-sucedidas e fantasias sexuais realizadas, afinal, se você quer ser aceita pela sociedade tornando-se uma mulher maravilha até os malfadados 30 anos é necessário que esqueça QUALQUER coisa que a remeta à palavra DIVERSÃO e trabalhe duro ( a não ser que você seja uma menina prodígio ou uma feminista cabeluda sem pretensões amorosas para os próximos 47 anos e 9 meses, período em que passará por diversas crises existenciais até por fim mudar-se para Visconde de Mauá ou Trindade, começar a plantar e fumar maconha – possivelmente vender também , fazer artesanato com coco e penas e se assumir como hippie – sim, pois esses é seu destino!). Ok! Assumo. É a TPM.
Uma raposa meio menina, meio mulher, traça paralelos e embaralha sínteses a respeito de teses já velhas conhecidas dos homens, por nós tão amados, homens. Longe de ter experiência em coisa alguma, mas distante de ser inexperiênte também, Foxy diverte seus leitores com suas teorias egocêntricas a respeito de relacionamentos e seus pesares, e outras cositas más que entre uma noite e outra acabam por acometê-la...
segunda-feira, 1 de março de 2010
A Odiosa
Podes até desfazer-se de mim alegando que como um Demócrito, eu observe e ridicularize os acontecimentos da vida humana. Porém , assim como ele, pela excelência do gênio e de talentos, estou acima da maioria dos homens, embora às vezes peque pelo velho hábito de ser a todos amável e grata. A despeito da última frase (que é fato irrefutável), permito-me andar deveras odiosa ultimamente (por 'ultimamente' leia-se de hoje, dia 19 de janeiro de 2010 até março aproximadamente, pulando o carnaval e a quarta-feira de cinzas. Escrevo utilizando o futuro como tempo verbal pois quando este texto for publicado, eu já estarei por completo odiosa da vida e das pessoas, portanto uso 'ultimamente'). Até ouço o dileto leitor indagar-me o motivo desse tanto de descontentamento e de pronto respondo-lhe: hormônios, sociedade, dogmas culturais, enfim, aquele calo que de tempos em tempos nos atrapalha o caminhar. Sim, pois se não fossem os hormônios nós não passaríamos por aquele clássico período mensal de abolição de critérios, expansão social e imensa absoluta e irrestrita necessidade sexual chamado de CIO. Se não fosse a sociedade, não viveríamos a pressão de estar 24 horas impecável, com os cabelos da Rachel Weiz, unhas invariavelmente cutiladas (como se essas pragas não crescessem em uma velocidade exponencial), corpo milimetricamente esculpido por horas a fio de power ioga, power pilates, power spinnig ou qualquer outro tipo de tortura medieval rebatizada com um nome em inglês que seja praticado ao som daquela igualmente torturante e estridente música eletrônica, de acordo com o padrão europeu não recomendado/aceito pela OMS (FODA-SE se você é brasileira e sua herança genética te deu de presente quadris largos e bunda enorme, ou se você mede 1,80 m e acha que ter 2,1 de IMC é um pouco de exagero da indústria da moda, você é uma mulher cosmopolita e não uma aborígine com obesidade mórbida.), ter o emprego dos sonhos, o marido dos sonhos, filhos dos sonhos, saber fazer um ratattuile de amêndoas e um tartar de salmão divinos em 2 minutos e praticar sexo com o seu marido dos sonhos pelo menos 4 vezes na semana e chegar ao orgasmo todas as vezes. E se não fossem os dogma culturais nós não teríamos que conquistar tudo isso antes dos 30! Isso obviamente sem contar com aventuras, porres, viagens mal-sucedidas e fantasias sexuais realizadas, afinal, se você quer ser aceita pela sociedade tornando-se uma mulher maravilha até os malfadados 30 anos é necessário que esqueça QUALQUER coisa que a remeta à palavra DIVERSÃO e trabalhe duro ( a não ser que você seja uma menina prodígio ou uma feminista cabeluda sem pretensões amorosas para os próximos 47 anos e 9 meses, período em que passará por diversas crises existenciais até por fim mudar-se para Visconde de Mauá ou Trindade, começar a plantar e fumar maconha – possivelmente vender também , fazer artesanato com coco e penas e se assumir como hippie – sim, pois esses é seu destino!). Ok! Assumo. É a TPM.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário